segunda-feira, 29 de agosto de 2011

só de amor?


Isso aqui só fala de amor é?
coisas do coração?

não! fala de viver, de tudo que se passa no meu dia
eu estou em uma fase romantica demais
mas os dias tem muito sol ou chuva
tem crianças
pessoas
barulho
rios
coletvos
arvores, passaros, animais, amigos
lembranças, trabalho, trabalho, trabalho
sonhos, planos, projetos
saudade, saudade do mar
saudade do céu, do universo, das constelações
o amor...é um detalhe do meu dia, que está muito presente ultimamente
mas darei um tempo nele....
quero falar...falar. falar....

(imagem internet)

Acredite



Novamente
incrivel como eu tenho o dom de perder as pessoas
eu sei o motivo, mas ainda não o entendo muito bem
Eu já tive todas as chances de amar
apaixonar
e parece que eu corro, vou embora
tenho medo
perdi uma linda luz que entra pela janela
uma linda onda
um grande bem
um grande conto
eu não quero mais me perder
quero você
de qualquer maneira
com qualquer defeito
sem medo
sem distância

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ainda



Confusa
Não tem outra palavra para definir o estado que você me deixa
Se antes havia todas as palavras para me querer
agora elas não existem para que eu possa entender
Quilômetros, cidades, estradas, céus
talvez não definam o que guardamos dentro de nós
nem define o que resolvemos entregar para as pessoas
mas estar confusa muitas vezes me faz querer desistir
não sei se de mim
de você
de nós
mas desistir de esperar algum sinal que me faça acreditar
que tudo pode ser possível....

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ondulação


Um dia e grandes variações
de humor, de temperatura
de desejos
e sonhos
de dores
de alegrias
de amores
do sol
da lua
da chuva
de vontades
de fome
de sede
a mente, ondulações permanentes
amanhã ela acorda em nova sintonia...

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A língua


Abre a boca
passa, escorrega
saliva
lambe
chupa
usa
duas, três
molhada
doce
salgada
no teto
na cama, na rede, na sala
na rua, na chuva
em mim, em você
e ama, ama, ama
na boca, no peito
procurando, achando, ficando, estando

domingo, 21 de agosto de 2011

Espera


Espera que o sol aparece
que o dia passa
que a noite chega
que o amigo lembra
que a saudade morre
Espera que o preço baixa ou sobe
que o elogio chega
que o filho nasce
Espera que a verdade vem
que o desejo vem pela mão de alguem
que a planta cresça
que a chuva desça
que a canoa leve
que o rio desague
Espera o bem está por ai
que a dor vai
que as lagrimas secam
que o caminho aparece
e a vida segue.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Céu


Céu azul, luzes por todas as partes
são as estrelas
iluminando todos os momento da velocidade da luz
nas quais passam meus momentos e ficam registrados
pendurados em raios celestes
quando olho para o céu a noite lembro de tudo
tudo que me fez feliz
tudo que me fez sofrer
me faz perceber que sou melhor
as nunves só trazem novos caminhos
novos momentos, pessoas
cada lugar um novo céu, mas esse trás um pedaço de todos os outros

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Menino que corre descalço
fogão de lenha queimando
chão de baro pisado
poeira na rua embolando

fiado na venda do zé
carne seca pendurada
copo de cana na mão
do bebo que tá de pé

parteira chegando na casa
da mulher que tá parindo
traga um chaleira com água
já ta vindo um menino

som de vento e cachoeira
cachorro latindo rouco
criança correndo e trela
panela velha e chiadeira

velho forte trabalhando
chão seco sendo cavado
é a morte, a vida
o sonho sendo plantado


(imagem internet)

algumas verdades


Quero acreditar que o céu é azul
Que as folhas são verdes, algumas delas
Que as pessoas podem ser boas, de verdade
Que a cidade é linda e limpa
Que as crianças ficarão livres da maldade
Que os viciados sobreviverão e serão libertos
Que a luz no fim do tunel é de uma lanterna de alguem que vem te ajudar
Que as redes sociais só fazem bem e não terminam relacionamentos
Que sorvete não ingorda, bolo, cachorro quente, coxinha e brigadeiro também não
Que ainda terei uma casa na árvore, mesmo que seja dos meus filhos
Que você nunca me esquecerá, mesmo não me vendo nunca mais
Que aqueles dias na praia serão para sempre
Que aquela briga não aconteceu...
Que meus cabelos encaracolados são lindos e meus olhos brilhantes
Que estou curada da depressão
Que eu e você sabemos dançar aquela música cubana
Que sua paz ainda está na casa antiga e que a janela ainda recebe o sol
Quero acreditar que as suas mãos serão as ultimas que segurarei
Seus lindos olhos verei todos os dias
Seu charme me conquistará todas as manhãs
Que não haverá transito no horario do trabalho
Que a tevê terá uma programção inteligente
Que as músicas nas rádios tocarão os amores, a cultura, a fé, a amizade a verdade
Quero acreditar que meus amigos voltarão, mesmo que em outra vida
Que terei perdão por tudo que fiz de errado
Que a mentira não existe
Que eu ficarei aqui
Que você ficará em mim
Que o mundo será sim melhor
Quero acreditar em tudo isso até em mim.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Metade

Oswaldo Montenegro

Composição: Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

domingo, 14 de agosto de 2011

Fino Coletivo

Coisas sobre ela








então
penso
você é sim capaz de amar apenas uma mulher
e tantas outras
milhoes de vezes
e amaria até que o amor te leve
amaria quantas vezes quisesse
quantas mulheres lhe fosse permitido
e seria só de uma, por vez, até que essa quisesse
e de outra
e poderia ser e uma só para o sempre e todos os sempres
se essa quisesse

Pertinho



E foi assim como quem não quer nada
Chegou bem devagarinho como que escolhendo o caminho
Não queria machucar as flores do canteiro
Mudou meu tudo
O que pensei
Quem amei
O que eu queria
Já não quero mais
Me deu sensações, isso nem você sabe
Pensamentos
Me levou pela mão, dentro de um nevoeiro e ainda fechei os olhos
Sabe o caminho do sol, a trilha da água
As flores que gosto e eu nem te falei delas


sabe apenas que quero você

Passado


Se um dia voltar a te ver
Não liga pra minha cara de assustada
Passa um filme em minha mente
Por algo que não vale nada

Vou passar batido
Fingir que nada aconteceu
Ficar sufocada em meu silencio
Por algo que já morreu

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Além da Terra, além do céu



Carlos Drummond de Andrade

Além da Terra, além do Céu, 
no trampolim do sem-fim das estrelas, 
no rastro dos astros, 
na magnólia das nebulosas. 
Além, muito além do sistema solar, 
até onde alcançam o pensamento e o coração, 
vamos! 
vamos conjugar 
o verbo fundamental essencial, 
o verbo transcendente, acima das gramáticas 
e do medo e da moeda e da política, 
o verbo sempreamar, 
o verbo pluriamar, 
razão de ser e de viver.


domingo, 7 de agosto de 2011

Ali


As estrelas me acompanhavam
Eu pude ver enquanto me despedia da estrada que estava
O vento frio que me segurava enquanto caminhava por entre vendedores
Fazia-me lembrar de montes verdes
Ao olhar no horizonte enxergava lindos campos e meus sentimentos
Transmitiam aquele local
Ver do alto uma cidade inteira, tão pequena que cabia nos meus desejos de outrora
A música me levou a realidade
E quando dei por mim
Não estava lá”